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Henrique Gil - A voz dos estudantes

  • Foto do escritor: Rui Paixão
    Rui Paixão
  • 19 de set. de 2022
  • 5 min de leitura

Vindo das Caldas da Rainha, foi em Évora que Henrique Gil viu o seu percurso académico nascer. Ingressou no curso de Ciências e Tecnologia Animal, no núcleo de estudantes deste curso, no Grupo Académico Seistetos, onde se mantém até aos dias de hoje, estando atualmente a desempenhar funções de presidente na Associação Académica da Universidade de Évora.

Como era o Henrique Gil durante a adolescência? Um rapaz já ligado ao associativismo e a atividades ligadas ao contacto com outras pessoas?


Eu naquela altura era completamente diferente. Era um rapaz que ocupava o meu tempo a praticar desporto.

A questão de entrar para a universidade fez-me ver novos horizontes, novos interesses e até me fez olhar para o associativismo, algo que eu de facto não fazia antes.

O Henrique Gil adolescente era, até posso dizer, mais pacato e reservado do que atualmente.

Portanto posso dizer que esta é uma evolução positiva desde pequeno até aos dias de hoje, sem sombra de dúvidas.


Sendo natural das Caldas da Rainha, que é que o fez rumar até Évora?


Eu já conhecia Évora por aquilo que era a sua tradição, o meio académico e pela vontade de integrar o curso de Ciências e Tecnologia Animal. Atualmente estou no mestrado em Engenharia Zootécnica.

Foi muito isso. Foi o conhecer o ambiente, eu também ja conhecia a região por vir cá algumas vezes, agradava-me por esta não ser uma cidade muito grande, mas também não muito pequena. Aqui percebe-se que apesar de sermos ainda alguns milhares, conseguimos criar ligações com as várias pessoas, facilmente.


Visita da rainha Isabel II à Universidade de Évora ©AAUE - Associação Académica da Universidade de Évora

Entrou em Ciências e Tecnologias Animal, à qual já terminaste. Como foi o seu percurso académico nesses três anos?


Isto quando somos estudantes, temos sempre percalços ao longo do caminho (riso). O que é facto é que durante a licenciatura nunca deixei nenhuma cadeira para trás. Sempre recorri aos exames de recurso e de época especial. Na altura também fazia desporto, entrei no Grupo Académico Seistetos e sempre consegui conciliar as coisas.

Fui praxado e também praxei, levando-me a sentir que estes momentos que já vivi, são benéficos para o percurso académico de um estudante.


Mencionou o Grupo Académico Seistetos, e é mesmo nesse tema que quero pegar. A apetência para integrar este grupo e para tocar/cantar, sempre existiu ou foi algo que necessitou de bastante treino?


Eu acho que nos "Seistetos"(abreviatura de Grupo Académico Seistetos) aquilo que reina mais é sem dúvida o companheirismo, a forma que temos de viver e de estar. Tudo isso se eleva face ao facto de sabermos tocar e cantar.

Sem dúvida que essas capacidades estão inerentes em nós, mas aqui a missão principal é divertirmo-nos e divertir os outros.

Eu fui para os "Seistetos" logo no meu primeiro ano, por já la ter dentro um colega que acabou por me convidar também, onde me mantenho até aos dias de hoje, sendo então considerado uma "velha guarda".


Grupo Académico Seistetos - Balada dos Seistetos (XX FITAB) ©RTUB - Via Youtube



Durante a licenciatura integrou o núcleo de Ciências e Tecnologia Animal. Como é que o Henrique Gil lá foi parar?


Tudo aconteceu no meu terceiro ano da licenciatura. A vontade dos alunos de quarto ano e o facto de ser um meio pequeno fez com que o convite chegasse até mim, para fazer parte deste projeto.

Tive no núcleo de estudantes cerca de três anos, um enquanto vice-presidente e outros dois enquanto presidente. Foram momentos interessantes porque havia atividades dinâmicas e interessantes da nossa parte.


Não sei se estou a ir pela ordem correta, mas sei que a Associação Académica da Universidade de Évora surgiu posteriormente na sua vida. Como foi agarrar este grande projeto?


A Associação Académica da Universidade de Évora (AAUÉ) entrou na minha vida, logo no primeiro ano enquanto voluntário. Fui convidado por um amigo da casa para ser aquilo que sempre chamámos de "setoristas" na AAUÉ. Ocupei este papel durante alguns anos.

Em 2019 tive a oportunidade de ser coordenador das seções, mas para todos os efeitos, as funções que eu tinha eram de vice-presidente.

Depois durante 2020, surgiu o bichinho de querer fazer mais, de vestir a camisola e de querer ser presidente. Trabalhei com com duas grandes equipas até ao momento (uma em 2021 e outra em 2022), à qual agradeço imenso.



Henrique Gil nos festejos do 44º aniversário da AAUÉ ©AAUE - Associação Académica da Universidade de Évora

A AAUÉ completou recentemente 44 anos de existência. Como é fazer parte da história desta associação?


São 44 anos de história, marcados por muitos altos e baixos, quer para associação académica, quer para o ensino superior, assim como para a Universidade de Évora.

Têm sido anos em que a AAUÉ tem crescido, tem se vindo a desenvolver, tem ganho capacidade de ação, de afirmação, posicionamento quer institucional, quer dentro daquilo que são os meios académicos e isso tem sido bastante positivo. Eu pelo menos quero acreditar nisso mesmo.

Naturalmente que por vezes é difícil dar resposta a todas as questões dos alunos, visto que existem algumas muito específicas, mas lutamos sempre por todas mesmo.

Mas se traçarmos um panorama geral, têm sido uma caminhada bastante gratificante.


Vem aí uma nova receção ao caloiro. Como é que esperam que seja a mesma e o que é que os nossos leitores poderão esperar?


A receção ao caloiro, a semana académica e outros eventos são de facto aqueles que eu considero "os grandes".Tanto do ponto de vista financeiro, quer do ponto de vista dos recursos, é sem dúvida algo muito grande mesmo. Tanto que nessa altura existe da nossa parte uma grande procura de ajuda por parte dos alunos. Muitos não sabem, mas somos nós alunos, associação e outras entidades que ajudam a que estes eventos realmente ocorram.

Quanto a prognósticos, espero que seja melhor que o ano passado (sem precipitação). Caso não seja possível, já estamos a tomar medidas nesse sentido.

O que é que eu posso já revelar? Posso vos dizer que a receção este ano vai ser mais comprida, ou seja, vão existir mais dias de festa, pelo facto do dia 01 de novembro acontecer numa terça-feira.

Estamos a tentar reativar algumas tradições, como a noite de tunas realizar-se novamente nos claustros do Colégio Espirito Santo, caso as condições climatéricas assim o permitirem.

Posso revelar que já temos alguns artistas "fechados". Vai ser uma sensação, visto que não é normal trazermos um artista deste a uma cidade como Évora. Por isso, fiquem atentos que irá existir mesmo um artista que irá enriquecer o nosso cartaz de uma maneira diferente e bastante positiva.



Video de receção aos novos alunos da Universidade de Évora - Henrique Gil ©AAUE - Associação Académica da Universidade de Évora


Como é saber conciliar tantos projetos onde estás inserido?


Não é fácil. Estar na AAUÉ ocupa muito tempo. Eu ja tinha esta noção quando estava em funções de vice-presidente e literalmente se queremos ter um trabalho bem feito, assim como elevar o nome desta associação, é necessário uma grande dedicação a esta.

Isto na verdade é um posto de trabalho não remunerado. Quer para mim, quer para muitos membros desta estrutura, o que faz com que muitos projetos fiquem para trás, tais como a vivência familiar.

Sendo muito sincero, eu fui capaz de fazer cadeiras enquanto fui vice-presidente e desde que sou presidente é praticamente impossível, apesar de ter a particularidade de ter aulas no mestrado, apenas à sexta e ao sábado, que muitas vezes acaba por coincidir com saídas ou atividades.

Mas não tem sido fácil. Se bem que acredito que quando sair deste lugar, vou olhar para trás e perceber que valeu a penas.


Se tivesse de definir o Alentejo numa palavra, qual seria e porquê?


O Alentejo é característico de si, por ser o Alentejo. E acho que não há uma palavra que o defina. O Alentejo é Alentejo. Este é um sitio onde nós vamos e somos bem recebidos.

Onde comemos bem, onde bebemos bem, onde convivemos, onde gostamos de regressar, onde existem particularidades únicas, onde existem bastante planícies. Este é um lugar muito próprio de si.


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