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Rafael Valadas - Sempre a cortar

  • Foto do escritor: Rui Paixão
    Rui Paixão
  • 26 de set. de 2022
  • 3 min de leitura

É na sua barbearia que Rafael Valadas vê os seus dias passar. A trabalhar sempre com bastante dedicação, este jovem barbeiro aposta também na música. Conheça um pouco do percurso até chegar à "Barbearia do Rafa".



Como é que era o Rafael Valadas quando era pequeno?


Quando eu era pequeno era uma criança super tímida, reservada, mas cheia de afetos. Isto porque fui criado pelos meus avós e tios e cresci junto da minha prima Sara, da minha irmã Neuza e posteriormente da minha afilhada Beatriz.

Mas pronto fui sempre uma pessoa criada com bastante amor, carinho, visto que tive a possibilidade de ter sempre quem me desse tais afetos.


Nessa altura a vontade de ser barbeiro já estava em cima da mesa?


Não. A ideia de ser barbeiro surgiu com o facto de eu ir tirar o curso, visto que havia falta dos mesmos em Reguengos. Rumei até Lisboa e fui tirar o curso, acabando por gostar muito.

No primeiro ano e meio não foi nada fácil, porque percebes mais de coragem do que de voo, mas o caminho faz-se caminhando e graças a Deus que tem estado a correr tudo excelentemente bem.



No que diz respeito aos estudos, optou por licenciatura ou ficou pelo ensino secundário?


Eu e a escola nunca tivemos uma relação muito boa. (risos) Aliás, a minha tia só me deixava tocar guitarra, caso tivesse boas notas e estudasse. Era assim a "formula mágica" de me fazer estudar. Fui para a EPRAL, onde tirei um curso profissional de Hotelaria. Mas depois a vida nesta área é um bocado ingrata. Porque enquanto os outros festejam, tu tens de estar a trabalhar.

Posteriormente acabei por deixar esta área, sendo que passei ainda pelo Évora Hotel.


Falou na musica. O bichinho da música sempre esteve presente na sua vida ou foi descobrindo ao longo do tempo?


Sim, na altura fui um bocadinho influenciado. Isto porque nós somos parte daquilo que absorvemos das pessoas que se cruzam connosco.

Na altura era pequenino e via o Luís, que era pessoa que esteve casada com a minha tia Teresa, a tocar sempre guitarra. Foi então aí que surgiu alguma curiosidade tendo, desde os sete anos de idade, uma grande vontade de aprender a tocar. Comecei a aprender com ele e hoje devo-lhe muito daquilo que sei.

Foi assim que a música acabou por me apaixonar de uma forma inexplicável.



Eu olho ali para aquele quadro e vejo uma fotografia sua e do seu companheiro da música Sebastião Beltran, no programa de televisão "Factor X". Como é conciliar a música com a barbearia?


É sempre complicado. Há fins de semana em que tocamos sempre longe e é difícil.

Eu depois trabalho aqui de segunda a sábado das nove da manhã até às treze horas ou mais, visto que ao fim de semana as pessoas acabam por ter mais disponibilidade para cortarem o cabelo.

Por vezes, quando os concertos são fora, deixo a barbearia de parte. Já quando os concertos são aqui mais perto, torna-se mais fácil gerir todo este trabalho, com a música.

Agora se traçarmos um panorama geral, é sempre muito cansativo. Levanto-me às oito horas de sábado e, caso o concerto seja longe, chego-me a deitar por volta das cinco da manhã do dia seguinte. A sorte é que o cansaço consegue ser colmatado com o dinheiro que se ganha tanto aqui na barbearia, como nos concertos.



Quem vem à sua barbearia o que é que pode encontrar?


Na barbearia existem vários tipos de corte de cabelo, mediante a vontade e gosto do cliente. Desde o corte mais social, ao corte mais juvenil e degradê.

Por isso podem vir à barbearia do Rafa. Serão bem atendidos e bem recebidos e certamente que sairão deste espaço mais bonitos.


Quem quiser vir até à sua barbearia, onde é que te pode encontrar?


A minha barbearia está localizada no interior do mercado municipal, mais concretamente na Avenida António José de Almeida em Reguengos de Monsaraz. Poderá também marcar o seu corte através do contacto 961 423 380.


Se tivesse de definir o Alentejo, em que palavras o descreveria?


Paixão. Calor. Proximidade. São estas palavras que dão vida ao nosso Alentejo. Somos um país em que as pessoas são muito próximas. Tratamos as pessoas com muita proximidade. Com o calor que nos carateriza, com a paixão que vivemos no nosso dia-a-dia e com a proximidade em todos os níveis, não existe simbiose mais perfeita que esta.


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