Sons & Tons - Festa é festa!
- Rui Paixão
- 29 de ago. de 2022
- 4 min de leitura
Atualizado: 13 de set. de 2022
Ao som de "Amor de Lua", "Subir ao céu", e de muitos outros temas, Álvaro Godinho, Domingos Coelho, Fábio Cachopas, João Verdasca e Luís Pereira dão vida aos Sons & Tons. Com o slogan "Siga o Balho", o grupo dá ainda mais alegria ao espírito que se vive nas festas tradicionais de cada localidade.

Como, quando e onde é que nasceu o grupo dos "Sons & Tons"?
O projeto começou por volta 2006, 2007. Nós éramos três, mas entretanto separamo-nos. O outro rapaz decidiu de livre vontade tocar sozinho, levando o teclado consigo e acabando então por nos abandonar. .
Até que um dia, o Álvaro e o Luís foram às piscinas e pensaram: "Porque não criamos um grupo os dois?". E foi assim que tudo nasceu. Arriscaram, começaram a pensar aí em coisas para tocar e a coisa foi surgindo.
A partir daí o grupo foi crescendo aos poucos e poucos e hoje, é com bastante orgulho que dizemos que somos um bom grupo musical.

E como é que surgiu o nome "Sons & Tons"?
A ideia do nome surgiu de uma forma aleatória. Foi algo que na altura não sabíamos o que haveríamos de escolher para dar nome a este nosso projeto, que acabou por sair este que agora grande parte das pessoas conhece como "Sons & Tons".
O que é que vos diferencia dos outros grupos?
A nossa liberdade. Nós nunca levamos nenhum espetáculo nosso, parados. É aquilo que for surgindo, é ver como é que as pessoas reagem àquilo que nós tocamos, mas também perceber o que é que elas querem que nós toquemos.
Nós nunca vemos o que os outros fazem, ou o que foi feito no espetáculo anterior para voltar a repetir. Acabámos muito por nos basear na ideia do "deixar fluir". Porque se assim for, torna-se muito melhor para nós que estamos a tocar e a cantar, assim como para as pessoas que estão claramente dispostas para nos ouvir, cantarem e dançarem.

Segundo sei, já criaram algumas músicas. Como é que foi o processo de criação?
O processo de criação é qualquer coisa que sai no momento. O Luís já escreveu duas músicas e o João Paulo também tem feito mais músicas.
Estas são feitas naturalmente. Não existe nenhuma ideia fixa em que pensemos que naquele momento é para escrever algum tipo de música. É uma coisa espontânea, que não é feita para A, B ou C, mas que é feita para todos ouvirem.
Está então para breve o CD dos "Sons & Tons"?
Está para breve sim. Já estivemos para o fazer, isto porque nós queremos ter alguma recordação.
A vontade é grande porque os grupos são como a vida, não são eternos. E gostaríamos de ter uma recordação destas pelos bailes por onde passámos. Um dia teremos 60 anos e se calhar já não conseguimos andar aí à sexta, sábado e domingo, como muitas vezes andamos. Por isso, o CD vai ser uma das coisa que iremos apostar, mas não para já.

A pandemia veio afetar um pouco da vida de todos, em vários setores, especialmente aquele em que vocês se enquadram. De que forma afetou o vosso grupo?
A pandemia afetou-nos na parte em que não nos deixou fazer aquilo que nós gostamos. Nós para além deste hobby, cada um tem a sua profissão. Ou seja, a nível monetário não fomos afetados, pela existência de uma retaguarda, como mencionei anteriormente. A diferença foi só mesmo na quantidade de espetáculos, obviamente.
Mas claro, está agora tudo ultrapassado e viemos com tudo.
O regresso agora tem sido positivo?
Tem sido muito bom. Sentimos que as pessoas precisavam de festas e bailes nas suas vidas. Foram dois anos fechados em casa, onde muitas vezes acabámos por não ter acesso ao que anteriormente nos era fácil aceder. E nesse sentido, o regresso ao dito "normal", tem-nos sido bastante favorável. Só para as pessoas que estão a ler esta entrevista terem uma pequena noção, nós só no verão contabilizámos cerca de 30 espetáculos.

Quem quiser ir a um baile vosso, onde vos poderão encontrar?
Vamos estar:
-Telheiro (03 de setembro);
-Azaruja (10 de setembro);
-Motrinos (17 de setembro);
-Outeiro (25 de setembro);
-Portalegre (29 de setembro);
Porque razão devem os nossos leitores assistir aos vossos espetáculos?
Somos um grupo bem disposto. Damos sempre o nosso máximo em palco, tentando sempre transmitir essa alegria para as pessoas.
Nos nossos espetáculos, a nossa vontade e o nosso objetivo é que as pessoas saiam sempre mais felizes do que quando entraram.
É para isso que trabalhamos também todas as semanas, para melhorar sempre. Por isso, aproveitem para passar por um dos nossos bailes (datas mencionadas acima) e não se irão arrepender.

Se tivessem de definir o Alentejo numa palavra, qual seria?
O Alentejo é a nossa vida. Porque foi aqui que nós nascemos enquanto pessoas e enquanto grupo. Vivemos atualmente nesta zona e é aqui que nós temos grande parte dos nossos espetáculos. Por isso faz todo o sentido que dê ao Alentejo esta definição de vida.
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